Pablo Neruda

FICA PROIBIDO


Fica proibido chorar sem aprender, levantar um dia sem saber o que fazer ter medo de suas lembranças.
Fica proibido não sorrir aos problemas, não lutar pelo que você quer abandonar tudo por medo, não converter em realidade seus sonhos.
Fica proibido não demonstrar seu amor, fazer que alguém pague suas dúvidas e mau humor
.
Fica proibido deixar seus amigos, não tentar compreender o que viveram juntos, chamá-los apenas quando você necessita.
Fica proibido não ser você perante os demais, fingir ante as pessoas que no lhe importam,fazer graça para que se lembrem de você, esquecer as pessoas que lhe querem.
Fica proibido não fazer as coisas por você mesmo,não crer em Deus e fazer seu destino,ter medo da vida e dos seus compromissos,não viver cada dia como se fosse o último suspiro.

Fica proibido ter saudades de alguém sem ficar contente, esquecer seus olhos, seu sorriso, tudo porque seus caminhos deixaram de abraçar-se, esquecer seu passado e pagar-lhe com seu presente.
Fica proibido não tentar compreender as pessoas, pensar que suas vidas valem mais que a sua, não saber que cada um tem seu caminho e sua felicidade.
Fica proibido não crer em sua história, deixar de agradecer a Deus por sua vida, não compreender que o que a vida lhe dá, também lhe tira.
Fica proibido não buscar sua felicidade, não viver sua vida com uma atitude positiva, não pensar que podemos ser melhores, não sentir que sem você este mundo não seria igual.


(Pablo Neruda)

terça-feira, 16 de junho de 2009

Memorial de Zenilza

MEMORIAL

Estudei em uma escola municipal e rural que ficava a alguns quilômetros da casa dos meus pais (Jutai). Iniciei a 1ª série com 08 anos em uma turma única e multisseriada (01ª a 04ª). A professora escrevia textos diversos no quadro e lia conosco, explicava os assuntos e copiava um questionário para a turma responder. Com certeza, não fui alfabetizada em cartilhas, e o lúdico fez parte da minha alfabetização, brincava bastante de roda, passa-anel, esconde-esconde e outras brincadeiras. Durante as comemorações das efemérides, recitava poesias, dramatizava histórias e músicas; mas antes de entrar para a escola eu já sabia ler e escrever um pouco, meu pai, um excelente contador de histórias, todas as noites contava-nos uma de suas histórias oralmente, pois não tínhamos livros, e isso despertou em mim a curiosidade para escrever, assim durante o dia, embaixo de um juazeiro, eu perguntava como se escrevia tal palavra e ele me ensinava dizendo as letras e eu copiava-as no chão com o dedo, ainda hoje lembro-me da história da galinha ruiva que ele contava dando ênfase para a moral: Quem não trabalha, não come!
Ao terminar o primário, disse adeus aos meus pais e tive que estudar em uma escola pública estadual em Petrolina, onde passei a morar com minha irmã mais velha e seu esposo. Sempre fui uma aluna exemplar, passando sempre por média, assim, terminei o ginásio e ingressei no pedagógico(hoje magistério) dedicando todo meu tempo aos estudos, estágios e confecção de materiais. Ao final do último ano do pedagógico saiu o edital do concurso público estadual (1988), no qual me escrevi, fiz as provas, passei e fui trabalhar os dois primeiros anos, com turmas de alfabetização, na zona rural em uma agrovila de reacentamento dos desabrigados da hidroelétrica de Itaparica, no municipio de Santa Maria da Boa Vista. Depois regressei a Petrolina, onde fui localizada na escola Poeta Carlos Drumond de Andrade (zona rural), na qual trabalhei com turmas de 1ª e 2ª séries, sempre contando muitas histórias, e lendo muitos paradidáticos. No ano passado (2008) iniciei esta nova tragetória com o fundamental II (5ª a 8ª).
Nestes 20 anos de profissão, sempre participei de capacitações, seminários e li bastante para ser uma professora dedicada, responsável e comprometidacom a educação brasileira.

Professora Cursista: Zenilza de Araújo

ZENILZA DE ARAUJO (zenilzaraujo@ig.com.br)

Nenhum comentário:

Postar um comentário