Pablo Neruda

FICA PROIBIDO


Fica proibido chorar sem aprender, levantar um dia sem saber o que fazer ter medo de suas lembranças.
Fica proibido não sorrir aos problemas, não lutar pelo que você quer abandonar tudo por medo, não converter em realidade seus sonhos.
Fica proibido não demonstrar seu amor, fazer que alguém pague suas dúvidas e mau humor
.
Fica proibido deixar seus amigos, não tentar compreender o que viveram juntos, chamá-los apenas quando você necessita.
Fica proibido não ser você perante os demais, fingir ante as pessoas que no lhe importam,fazer graça para que se lembrem de você, esquecer as pessoas que lhe querem.
Fica proibido não fazer as coisas por você mesmo,não crer em Deus e fazer seu destino,ter medo da vida e dos seus compromissos,não viver cada dia como se fosse o último suspiro.

Fica proibido ter saudades de alguém sem ficar contente, esquecer seus olhos, seu sorriso, tudo porque seus caminhos deixaram de abraçar-se, esquecer seu passado e pagar-lhe com seu presente.
Fica proibido não tentar compreender as pessoas, pensar que suas vidas valem mais que a sua, não saber que cada um tem seu caminho e sua felicidade.
Fica proibido não crer em sua história, deixar de agradecer a Deus por sua vida, não compreender que o que a vida lhe dá, também lhe tira.
Fica proibido não buscar sua felicidade, não viver sua vida com uma atitude positiva, não pensar que podemos ser melhores, não sentir que sem você este mundo não seria igual.


(Pablo Neruda)

domingo, 18 de outubro de 2009

OFICINA TEMÁTICA Nº 8 UNIDADE 21 /TP 6 UNIDADE 21 /TP 6 TEMA: ARGUMENTAÇÃO E LINGUAGEM DATA: 27/08/2009




OBJETIVOS ...OU MELHOR DEFININDI NOSSO PONTO DE CHEGADA:
1- Identificar marcas de argumentatividade na organização dos textos;
2- Identificar e analisar diferentes tipos de argumentos que sustentam uma argumentação textual;
3- Reconhecer a qualidade da argumentação textual.
TEXTO DA EXPOSIÇÃO DIALOGADA
Já vimos na unidade sobre tipos textuais, a propósito do tipo argumentativo,que, ao considerarmos a linguagem como uma forma de trabalho cultural, estamos considerando que toda manifestação lingüística é também basicamente argumentativa.
Ou seja: sempre que utilizamos a linguagem, estaremos implicitamente alterando – ou querendo alterar – as crenças dos interlocutores, implicitamente querendo convencê-los de nossas idéias.
Os códigos chamados línguas são compostos por signos lingüísticos, que, em um sentido mais geral, são elementos de natureza lingüística usados para designar outros elementos de natureza não lingüística. Assim, o signo lingüístico é resultado da relação indissociável entre significante (lingüístico, imagem acústica) e significado (conceito, idéia).
A tese constitui a idéia principal para a qual um texto pretende a adesão do leitor/ouvinte: é o objetivo de convencimento do leitor/ouvinte.
Os argumentos são os motivos, as razões utilizadas para convencer o leitor da validade da tese.
Argumentos baseados no senso comum, ou no consenso, são verdades aceitas culturalmente, sem necessidade de comprovação.
Uma boa argumentação depende, primeiramente, da clareza do objetivo (da tese a comprovar); e depois, da solidariedade entre os argumentos: todos devem conduzir para o mesmo objetivo.

Como argumentar é firmar uma posição diante de um problema, um compromisso com a informação e o conhecimento, não é possível construir uma boa argumentação com argumentos fracos, falsos ou incoerentes.
CONCLUINDO ALGUMAS BASES DAS IDÉIAS EM QUESTÃO:
Ao mobilizar argumentos para sustentar uma tese, ao apresentar que idéia pretende fazer crer aos outros, o autor depende de seus pontos de vista, de seu conhecimento sobre o assunto e dos argumentos que julga mais eficazes para atingir o raciocínio e a vontade de seu interlocutor. Com tantos fatores em jogo, uma argumentação pode não ser bem-sucedida. Assim, a cada argumento bem construído pode corresponder um argumento mal construído; o que resulta em defeitos de argumentação.
É difícil falar em defeitos de argumentação em sentido muito genérico, porque um defeito de argumentação está sempre relacionado às finalidades do texto. Por isso, a organização dos sentidos globais do texto precisa ser levada em consideração. Contradições em um texto podem servir de argumentos positivos em outro.

Uma argumentação é considerada inadequada ou defeituosa quando não dá condições para que os objetivos sejam atingidos. Há várias razões para isso acontecer: podem ser razões ligadas à incompreensão, ou não-aceitação, do interlocutor; podem ser razões ligadas ao desenvolvimento do texto, ou mesmo razões relacionadas à não-correspondência entre os argumentos e o “mundo real”.

Em suma, encontramos, na escolha dos argumentos, vários níveis de adequação e vários níveis de inadequação quanto à demonstração da tese pretendida: os sentidos globais do texto e o objetivo da argumentação é que definem sua qualidade.

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