Pablo Neruda

FICA PROIBIDO


Fica proibido chorar sem aprender, levantar um dia sem saber o que fazer ter medo de suas lembranças.
Fica proibido não sorrir aos problemas, não lutar pelo que você quer abandonar tudo por medo, não converter em realidade seus sonhos.
Fica proibido não demonstrar seu amor, fazer que alguém pague suas dúvidas e mau humor
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Fica proibido deixar seus amigos, não tentar compreender o que viveram juntos, chamá-los apenas quando você necessita.
Fica proibido não ser você perante os demais, fingir ante as pessoas que no lhe importam,fazer graça para que se lembrem de você, esquecer as pessoas que lhe querem.
Fica proibido não fazer as coisas por você mesmo,não crer em Deus e fazer seu destino,ter medo da vida e dos seus compromissos,não viver cada dia como se fosse o último suspiro.

Fica proibido ter saudades de alguém sem ficar contente, esquecer seus olhos, seu sorriso, tudo porque seus caminhos deixaram de abraçar-se, esquecer seu passado e pagar-lhe com seu presente.
Fica proibido não tentar compreender as pessoas, pensar que suas vidas valem mais que a sua, não saber que cada um tem seu caminho e sua felicidade.
Fica proibido não crer em sua história, deixar de agradecer a Deus por sua vida, não compreender que o que a vida lhe dá, também lhe tira.
Fica proibido não buscar sua felicidade, não viver sua vida com uma atitude positiva, não pensar que podemos ser melhores, não sentir que sem você este mundo não seria igual.


(Pablo Neruda)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

SEMINÁRIO PARA APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA GESTAR II

APRESENTAÇÃO
O Seminário Gestar II teve como objetivo apresentar os pressupostos que norteiam o programa para estimular o professor de Português e Educadores de Apoio a participarem dessa formação em serviço.

Alguns aspectos essenciais foram colocados para que fosse entendido o foco dessa formação que procura garantir a qualidade do processo de ensino e aprendizagem dessa disciplina propiciando a formação continuada dos professores por meio de ações sistêmicas e estratégicas de estudo individual e atividades presenciais, individuais ou coletivas em consonância com os PCNs e com a Base Curricular Comum de Língua Portuguesa e Matemática das Escolas Públicas do Estado de Pernambuco.

CERIMONIAL DO SEMINÁRIO

SEMINÁRIO - GESTAR ll – Programa Gestão de Aprendizagem Escolar PORTUGUÊS
19/02/09 - 8h às 12h
ABERTURA
PENSAMENTO
“Toda a arte de ensinar é apenas a arte de acordar a curiosidade natural nas mentes jovens, com o propósito de serem satisfeitas mais tarde”. Jaques France
É com grande satisfação que apresento as boas-vindas da Gerência Regional de Educação do Sertão do Médio São Francisco – Petrolina a todos os participantes do Seminário GESTAR ll Programa Gestão de Aprendizagem Escolar.
Este projeto faz parte de um programa de formação continuada de professores das séries finais do segundo segmento do ensino fundamental. É um conjunto de ações pedagógicas que inclui discussões de questões teórico / práticas.
COMPOSIÇÃO DA MESA:
Convidamos a Professora Anete Ferraz– Gestora da GRE – Petrolina.
Convidamos a Professora Isva Maria Modesto Morais de Souza – Chefe da Unidade de Desenvolvimento de Ensino da GRE-Petrolina.
Convidamos a Professora Maria Gorete Araujo – Chefe da UGR – Unidade de Gestão de Rede
Convidamos a Professora Angela Maria Tavares– Chefe da célula de desenvolvimento de pessoas.
Convidamos a Professora Aparecida Brandão - Consultora DA UDE.
HINO DE PERNAMBUCO - Convidamos a todos e todas para que fiquem de pé para entoar o hino de Pernambuco.
NESTE MOMENTO PASSAMOS A PALAVRA A PROF. ANETE FERRAZ - PARA OFICIALMENTE FAZER A ABERTURA DO SEMINÁRIO: GESTAR II - PROGRAMA GESTÃO DE APRENDIZAGEM ESCOLAR – PORTUGUÊS.
DESFAZEMOS A MESA AO TEMPO EM QUE CONVIDAMOS A PROFESSORA ISVA Mª MODESTO MORAIS DE SOUZA PARA DISCORRER SOBRE O PROGRAMA GESTAR II – PORTUGUÊS.
A professora Isva Modesto apresentou as formadoras do GESTAR II que rapidamente fizeram uma apresentação pessoal e falaram do encantamento por está participando dessa rede de formação.
Em seguida, a profª Isva Modesto começa sua exposição.
Após a palestra, foi aberto para debate, momento em que convidamos a todos e a todas para debatermos sobre o GESTAR II.

AVALIAÇÃO
No final da discussão, a profª Isva Modesto, solicitou aos participantes que levantassem a mão como forma de adesão ao programa GESTAR II. Todos os participantes responderam favoravelmente à solicitação

RELATÓRIO DE OFICINAS TP 3 - UNIDADES 9 E 10

APRESENTAÇÃO
Primeira Oficina do GESTAR II acerca do TP 3 – Gêneros e Tipos Textuais.

No primeiro momento, foi feita uma orientação de como utilizar os TPs e suas respectivas seções.
Nessa primeira oficina, foram trabalhadas as Unidades 9 e 10, com os seguintes objetivos:

Identificar as diferenças e semelhanças na organização dos textos utilizados em diversos contextos de uso lingüístico;
Relacionar gêneros textuais e competência sociocomunicativa;
Identificar características que levam à classificação de um gênero textual.
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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

No primeiro momento foi realizada uma leitura compartilhada do texto: A MOÇA TECELÃ – MARINA COLASSANTI para reflexão.
Em seguida foi realizada a Dinâmica do Barbante: Marcos Profissionais para conhecermos os cursistas enquanto profissionais.
No segundo momento foi realizada uma dinâmica: Envelope da Linguagem para identificar os conhecimentos prévios dos cursistas acerca de Gêneros e Tipos Textuais.
No terceiro momento foi realizada a leitura compartilhada do texto Gêneros textuais: definição e funcionalidade - Luiz Antônio Marcuschi para ampliar as referências dos cursistas. Foram apresentados slides para para fechar a discussão da temática.
No quarto momento foi realizada a leitura e análise das seções em grupo para apresentar sugestões, adaptações e criação das atividades do TP3, gerando planejamento compartilhado.
No quinto momento foi solicitado como tarefa de casa aplicar uma da uma das sugestões do avançando na prática das unidades 9 E 10.
Após realização da atividade o cursista deveria registrar o processo de construção como parte do portfolio.

AVALIAÇÃO
Os cursistas gostaram do modelo do GESTAR II em que a relação teoria e prática acontecem de forma natural, fazendo com que os trabalhos não se tornem cansativos.

RELATÓRIO DO TP 4 - UNIDADE 13

APRESENTAÇÃO


Terceira Oficina do GESTAR II acerca do TP 4 – Leitura e Processo de Escrita

1. Na primeira unidade foi trabalhado o conceito de letramento, que considera tanto a escrita como a leitura como práticas sociais e é a base para todo ensino a partir de textos. Desse conceito decorre a importância da discussão inicial do tema, mais abrangente do que a alfabetização, e em estreita relação com a cultura.
Nessa oficina, foram trabalhadas as Unidades 13, com os seguintes objetivos:

Refletir sobre os usos e as funções da escrita nas práticas do cotidiano.
Relacionar o letramento com as práticas de cultura local.
Produzir atividades de preparação da escrita, considerando a cultura local, a regional e a nacional.


PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

No primeiro momento, foi feita uma orientação de como construir o portfólio como ferramenta que possibilitará uma avaliação formativa pelo fato de ele contribuir para que ocorra a aprendizagem do aluno e do professor e o desenvolvimento da escola. Foi ressaltada a importância de organizarmos as evidências de aprendizagem do aluno, por ele selecionadas e organizadas, para que ele próprio e o professor acompanhem seu progresso.

Em seguida, foi realizada uma leitura compartilhada do TP4 – PÁGINA 13 para reflexão.
Nesta unidade foram tratadas questões referentes à cultura letrada, ao modo coletivo de organizarmos e utilizarmos a escrita e às suas diferentes funções nas situações sociocomunicativas. O tema a ser desenvolvido é diversidade cultural: cultura, identidade e conflitos.

No terceiro momento, foi realizada uma oficina, retirada do TP4 – PÁGINAS 48, 49 com as seguintes proposições:
LER OS TEXTOS E RESPONDER AS QUESTÕES EM GRUPO:
a. Quais os gêneros textuais?
b. Qual a relação entre os textos?
c. Como você poderia utilizar esses textos em sua sala de aula?
d. Reflita sobre os materiais e procedimentos que você utiliza como auxiliares para a escrita de um texto. Descreva-os a seguir.

No quarto momento foi realizada uma exposição dialogada acerca de cultura, valores culturais, professor monocultural e professor multicultural e a relação da cultura e o letramento.
O quinto momento foi para socializarmos as atividades do “Para Casamomentos significativos em que o professor mostra os impactos do GESTAR II nas produções dos alunos.


AVALIAÇÃO
Os cursistas estão empolgados com as atividades que estão realizando na sala de aula e o nível das produções dos alunos.
Outro aspecto fundamental que o GESTAR II tem proporcionado é a cultura do grupo de estudo entre os professores. Essa interação tem possibilitado a discussão das oficinas e o planejamento coletivo.

RELATÓRIO TP3 - UNIDADES 11 E 12

APRESENTAÇÃO

Segunda Oficina do GESTAR II acerca do TP 3 – Gêneros e Tipos Textuais.
No primeiro momento, foi feita uma orientação de como utilizar os TPs e suas respectivas seções.
Nessa oficina, foram trabalhadas as Unidades 11 e 12, com os seguintes objetivos:
Esperamos que depois de refletirmos juntos a respeito dos conceitos fundamentais de tipo e gênero, e de você realizar as atividades propostas para esta unidade, seja possível:
Caracterizar seqüências tipológicas narrativas e descritivas;
Caracterizar seqüências tipológicas injuntivas e preditivas;
Caracterizar seqüências tipológicas expositivas e argumentativas como dois aspectos do tipo dissertativo.
Relacionar seqüências tipológicas à classificação de gêneros;
Analisar seqüências tipológicas em gêneros textuais;
Reconhecer a transposição de um formato de gênero textual para outro.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
No primeiro momento foi realizada uma leitura compartilhada do texto de Rubens Alves, intitulado “Gaiolas e Asas”, realizando a reflexão sobre o mesmo.
No segundo momento foram realizados os relatos de experiências das oficinas aplicadas nas salas de aula.
No terceiro momento foi realizada uma Dinâmica – Construindo sequências tipológicas a partir da leitura de imagem. O principal objetivo foi trabalhar os conhecimentos prévios dos professores sobre as sequências tipológicas.
No quarto momento foi realizada uma Exposição dialogada sobre Sequências Tipológicas, aprofundando o conhecimento do professor.
No quinto momento os cursistas analisaram as sugestões do Avançando na Prática das unidades 11 e 12 para elaboração da próxima oficina a ser aplicada.
No sexto momento foi solicitado como tarefa de casa aplicar uma da uma das sugestões do avançando na prática das unidades 11 E 12.
Após realização da atividade o cursista deveria registrar o processo de construção como parte do portfólio.

AVALIAÇÃO
O encontro foi avaliado positivamente. O grupo mostrou-se motivado, fato perceptível na apresentação das atividades realizadas.

domingo, 18 de outubro de 2009

OFICINA TEMÁTICA Nº 8 UNIDADE 21 /TP 6 UNIDADE 21 /TP 6 TEMA: ARGUMENTAÇÃO E LINGUAGEM DATA: 27/08/2009




OBJETIVOS ...OU MELHOR DEFININDI NOSSO PONTO DE CHEGADA:
1- Identificar marcas de argumentatividade na organização dos textos;
2- Identificar e analisar diferentes tipos de argumentos que sustentam uma argumentação textual;
3- Reconhecer a qualidade da argumentação textual.
TEXTO DA EXPOSIÇÃO DIALOGADA
Já vimos na unidade sobre tipos textuais, a propósito do tipo argumentativo,que, ao considerarmos a linguagem como uma forma de trabalho cultural, estamos considerando que toda manifestação lingüística é também basicamente argumentativa.
Ou seja: sempre que utilizamos a linguagem, estaremos implicitamente alterando – ou querendo alterar – as crenças dos interlocutores, implicitamente querendo convencê-los de nossas idéias.
Os códigos chamados línguas são compostos por signos lingüísticos, que, em um sentido mais geral, são elementos de natureza lingüística usados para designar outros elementos de natureza não lingüística. Assim, o signo lingüístico é resultado da relação indissociável entre significante (lingüístico, imagem acústica) e significado (conceito, idéia).
A tese constitui a idéia principal para a qual um texto pretende a adesão do leitor/ouvinte: é o objetivo de convencimento do leitor/ouvinte.
Os argumentos são os motivos, as razões utilizadas para convencer o leitor da validade da tese.
Argumentos baseados no senso comum, ou no consenso, são verdades aceitas culturalmente, sem necessidade de comprovação.
Uma boa argumentação depende, primeiramente, da clareza do objetivo (da tese a comprovar); e depois, da solidariedade entre os argumentos: todos devem conduzir para o mesmo objetivo.

Como argumentar é firmar uma posição diante de um problema, um compromisso com a informação e o conhecimento, não é possível construir uma boa argumentação com argumentos fracos, falsos ou incoerentes.
CONCLUINDO ALGUMAS BASES DAS IDÉIAS EM QUESTÃO:
Ao mobilizar argumentos para sustentar uma tese, ao apresentar que idéia pretende fazer crer aos outros, o autor depende de seus pontos de vista, de seu conhecimento sobre o assunto e dos argumentos que julga mais eficazes para atingir o raciocínio e a vontade de seu interlocutor. Com tantos fatores em jogo, uma argumentação pode não ser bem-sucedida. Assim, a cada argumento bem construído pode corresponder um argumento mal construído; o que resulta em defeitos de argumentação.
É difícil falar em defeitos de argumentação em sentido muito genérico, porque um defeito de argumentação está sempre relacionado às finalidades do texto. Por isso, a organização dos sentidos globais do texto precisa ser levada em consideração. Contradições em um texto podem servir de argumentos positivos em outro.

Uma argumentação é considerada inadequada ou defeituosa quando não dá condições para que os objetivos sejam atingidos. Há várias razões para isso acontecer: podem ser razões ligadas à incompreensão, ou não-aceitação, do interlocutor; podem ser razões ligadas ao desenvolvimento do texto, ou mesmo razões relacionadas à não-correspondência entre os argumentos e o “mundo real”.

Em suma, encontramos, na escolha dos argumentos, vários níveis de adequação e vários níveis de inadequação quanto à demonstração da tese pretendida: os sentidos globais do texto e o objetivo da argumentação é que definem sua qualidade.

9ª OFICINA TEMÁTICA TEMA: PRODUÇÃO TEXTUAL DATA: 17/09/2009



OBJETIVOS:
1- apresentar elementos de reflexão e estratégias relacionados ao planejamento de textos.
2- identificar estratégias que podem ser utilizadas para o planejamento e a escrita de textos.
3- desenvolver atividades de planejamento e escrita, considerando a construção e revisão textual.
4- identificar parâmetros de avaliação e ações necessárias ao desenvolvimento da etapa de revisão.
5- identificar os elementos necessários ao desenvolvimento da etapa de edição.
6- produzir atividades de revisão e de edição da escrita para seus alunos.
Leitura do texto A PRIMEIRA CARTILHA de Moacyr Scliar como condição de produção de texto.
PROPOSTA : PRODUÇÃO DE TEXTO

A PRIMEIRA CARTILHA
Há coisas que a gente não esquece: a primeira namorada, a primeira professora, a primeira cartilha. Minha introdução às letras foi feita através de um livrinho chamado Queres ler? (assim mesmo, com ponto de interrogação). Era um clássico, embora tivesse alguns problemas: em primeiro lugar, tratava-se de um livro uruguaio, traduzido (o que era, e é, um vexame: cartilhas, pelo menos, deveriam ser nacionais). Em segundo lugar, era uma obra aberta e indiscreta: trazia instruções pormenorizadas sobre a maneira pela qual os professores deveriam usar o livro com os alunos. Quer dizer: era, também, para os professores, uma cartilha, o que, se não chegava a solapar a imagem dos mestres, pelo menos os colocava em relativo pé de igualdade com os alunos (pé de igualdade, não; menos. Pé de página, e em letras bem pequenas). Isto talvez fosse benéfico, porque um estímulo tínhamos para aprender a ler: ansiávamos para descobrir os segredos dos mestres.
E em terceiro lugar – mas isto era grave -, a cartilha começava com a palavra uva. (...)

Scliar, Moacyr. “Um país chamado infância”. In: ___. Para Gostar de Ler. Volume 18.
São Paulo: Ática, 2004. p. 46-47.

TÓPICOS QUE PUXARAM A EXPOSIÇÃO TEÓRICA DIALOGADA:
Pode-se iniciar um texto argumentativo apresentando sentenças que capturem a atenção do leitor. Assim, você pode introduzir na justificativa de suas escolhas: a) um objetivo; b) uma série de questões relacionadas ao objetivo e ao evento; c) uma introdução breve, mas engraçada, anedótica; d) uma enunciação controversa; e) um trecho com uma opinião contrária à que quer defender.

A atividade de planejamento é composta por séries de possibilidades de tomada de decisão que direcionam as diferentes produções de texto de acordo com a situação sócio-comunicativa.
Um bom planejamento possibilita o desenvolvimento e o aprendizado do aluno em direção à sua autonomia. Portanto, quando modelamos ou mesmo damos exemplos para o aluno a partir de nossa experiência pessoal, esperamos que isto sirva de alavanca para a sua criatividade, oferecendo alternativas às estratégias que já conhece.
Nosso objetivo é identificar estratégias que podem ser utilizadas para o planejamento de textos. Enumeramos algumas como o brainstorming, já muito conhecida e utilizada, a produção de anotações, resumos, parágrafos iniciais, etc.

As estratégias devem ser variadas em sala para motivar as crianças e adolescentes a planejarem e descobrirem seu próprio estilo de planejamento de acordo com as diferentes situações sócio-comunicativas das quais participam.

Cabe ao professor não somente preparar o aluno para a produção de textos, garantindo o conhecimento sobre o tema a ser desenvolvido, mas que ele deve privilegiar o aprendizado relacionado aos procedimentos de produção, seja por exemplo próprio, seja por outro tipo de exemplificação. O professor é aquele que constrói andaimes que vão sendo utilizados e internalizados pelos alunos.
A produção textual tem como trabalho central a escrita do texto. Todas as etapas estão interligadas, mas podemos ensinar nossos alunos que durante a escrita podem planejar novamente e revisar o que escreveram, dialogando com seu texto, fazendo perguntas ao seu texto como as indicadas por Calkins (2002: 166 e 167):

“O que eu disse até agora? O que estou tentando dizer?
Será que eu gosto do que escrevi? O que é tão bom aqui, que eu possa entender? O que não é bom que eu possa arrumar?
Como meu texto soa? Como parece?
O que meu leitor ou leitora pensará, quando ler isto? Que indagações poderão fazer? O que observarão? Sentirão? Pensarão?
E o que farei a seguir?”
Revisar um texto implica tomar decisões sobre a audiência, os gêneros de texto e as restrições e características relacionadas ao suporte e como o conteúdo deve ser tratado de acordo com a situação e com o objetivo que se quer alcançar. Se, por exemplo, existe alguma dúvida quanto à organização de dado trecho do texto, o autor é capaz de definir enquanto escreve ou no processo de revisão uma questão como “isto não está claro, não é suficiente”, o que o levaria a “reelaborar de forma mais clara”. Escritores maduros estão em um contínuo processo de reflexão.

A última etapa do processo de composição, denominada edição, envolve os reajustes finais visando à acuidade: é a hora de polir mais uma vez aspectos de coesão e coerência, a pontuação, a ortografia segundo as convenções estabelecidas.
Ensine seus alunos a deixarem alguns problemas para serem retomados numa segunda leitura do texto, como dificuldades em encontrar um termo mais adequado (“está na ponta da língua”). Sugira que marquem o local em que falta um termo ou escrevam um sinônimo e depois resolvam o problema indo ao dicionário.
Retome a prática de certas estratégias com cuidado de não extrapolar e apresentar a seus alunos inúmeras regras e sugestões numa mesma aula.
Justifique suas ações e objetivos, dialogando com seus alunos e lhes dê um tempo para que se acostumem a esse tipo de rotina.
Pratique em sala a transformação de um texto escrito de um gênero em outro gênero. Essa estratégia de ensino pode ajudar o aluno a compreender a diferença existente entre as diversas situações sócio-comunicativas.
Faça com que o aluno consiga identificar problemas no seu texto, organizando o ensino e o aprendizado a partir dos conhecimentos que já construiu.
Escrever é um processo...
Que envolve várias atividades (interação, cooperativas, contextualizadas, com especificidades linguísticas e pragmáticas...)
TIPOS DE CORREÇÃO
Correção classificatória – em que a natureza dos problemas detectados é apontada, através da metalinguagem codificada específica.

Correção textual-interativa – na qual, através de recados, o professor estabelece interlocução não codificada com o aluno, discutindo problemas de diferentes níveis e, por vezes, apresentando solução ou sugestão para a tarefa de re-escrita do mesmo.
Não basta ensinarmos os modelos sem que os alunos e nós mesmos possamos praticá-los em diferentes situações sócio- comunicativas e por meio do aprendizado do uso, pela prática da escrita e reescrita de textos numa dinâmica que inclui dois movimentos básicos de retomada de práticas já conhecidas e expansão para outros usos da escrita.