Pablo Neruda

FICA PROIBIDO


Fica proibido chorar sem aprender, levantar um dia sem saber o que fazer ter medo de suas lembranças.
Fica proibido não sorrir aos problemas, não lutar pelo que você quer abandonar tudo por medo, não converter em realidade seus sonhos.
Fica proibido não demonstrar seu amor, fazer que alguém pague suas dúvidas e mau humor
.
Fica proibido deixar seus amigos, não tentar compreender o que viveram juntos, chamá-los apenas quando você necessita.
Fica proibido não ser você perante os demais, fingir ante as pessoas que no lhe importam,fazer graça para que se lembrem de você, esquecer as pessoas que lhe querem.
Fica proibido não fazer as coisas por você mesmo,não crer em Deus e fazer seu destino,ter medo da vida e dos seus compromissos,não viver cada dia como se fosse o último suspiro.

Fica proibido ter saudades de alguém sem ficar contente, esquecer seus olhos, seu sorriso, tudo porque seus caminhos deixaram de abraçar-se, esquecer seu passado e pagar-lhe com seu presente.
Fica proibido não tentar compreender as pessoas, pensar que suas vidas valem mais que a sua, não saber que cada um tem seu caminho e sua felicidade.
Fica proibido não crer em sua história, deixar de agradecer a Deus por sua vida, não compreender que o que a vida lhe dá, também lhe tira.
Fica proibido não buscar sua felicidade, não viver sua vida com uma atitude positiva, não pensar que podemos ser melhores, não sentir que sem você este mundo não seria igual.


(Pablo Neruda)

terça-feira, 30 de junho de 2009

Ensina a teu filho

Ensina a teu filho que o Brasil tem jeito e que ele deve crescer feliz por ser brasileiro. Há neste país juízes justos, ainda que esta verdade soe como cacófato. Juízes que, como meu pai, nunca empregaram familiares, embora tivessem filhos advogados, jamais fizeram da função um meio de angariar mordomias e, isentos, deram ganho de causa também a pobres, contrariando patrões gananciosos ou empresas que se viram obrigadas a aprender que, para certos homens, a honra é inegociável.

Ensina a teu filho que neste país há políticos íntegros como Antônio Pinheiro, pai do jornalista Chico Pinheiro, que revelou na mídia seu contracheque de parlamentar e devolveu aos cofres públicos jetons de procedência duvidosa.

Saiba o teu filho que, no monolito preto do Banco Central, em Brasília, onde trabalham cerca de 3 mil pessoas, a maioria é honrada e, porque não é cega, indignada ante maracutaias de autoridades que deveriam primar pela ética no cargo que lhes foi confiado.

Ensina a teu filho que não ter talento esportivo ou rosto e corpo de modelo, e sentir-se feio diante dos padrões vigentes de beleza, não é motivo para ele perder a auto-estima. A felicidade não se compra nem é um troféu que se ganha vencendo a concorrência. Tece-se de valores e virtudes e desenha, em nossa existência, um sentido pelo qual vale a pena viver e morrer.

Ensina a teu filho que o Brasil possui dimensões continentais e as mais fertéis terras do planeta. Não se justifica, pois, tanta terra sem gente e tanta gente sem terra. Assim como a libertação dos escravos tardou, mas chegou, a reforma agrária haverá de se implantar. Tomara que regada com muito pouco sangue.

Saiba o teu filho que os sem-terra que ocupam áreas ociosas e prédios públicos são, hoje, chamados de "bandidos", como outrora a pecha caiu sobre Gandhi sentado nos trilhos das ferrovias inglesas e Luther King ocupando escolas vetadas aos negros.

Ensina a teu filho que pioneiros e profetas, de Jesus a Tiradentes, de Francisco de Assis a Nelson Mandela, são invariavelmente tratados, pela elite de seu tempo, como subversivos, malfeitores, visionários.

Ensina a teu filho que o Brasil é uma nação trabalhadora e criativa. Milhões de brasileiros levantam cedo todos os dias, comem aquém de suas necessidades e consomem a maior parcela de sua vida no trabalho, em troca de um salário que não lhes assegura sequer o acesso à casa própria. No entanto, essa gente é incapaz de furtar um lápis do escritório, um tijolo da obra, uma ferramenta da fábrica. Sente-se honrada por não descer ao ralo que nivela bandidos de colarinho branco com os pés-de-chinelo. É gente feita daquela matéria-prima dos lixeiros de Vitória que entregaram à polícia sacolas recheadas de dinheiro que assaltantes de banco haviam escondido numa caçamba.

Ensina teu filho a evitar a via preferencial dessa sociedade neoliberal que nos tenta incutir que ser consumidor é mais importante que ser cidadão, incensa quem esbanja fortuna e realça mais a estética que a ética.

Saiba o teu filho que o Brasil é a terra de índios que não se curvaram ao jugo português e de Zumbi, de Angelim e frei Caneca, de madre Joana Angélica e Anita Garibaldi, dom Hélder Câmara e Chico Mendes.

Ensina a teu filho que ele não precisa concordar com a desordem estabelecida e que será feliz se se unir àqueles que lutam por transformações sociais que tornem este país livre e justo. Então, ele transmitirá a teu neto o legado de tua sabedoria.

Ensina teu filho a votar com consciência e jamais ter nojo de política, pois quem age assim é governado por quem não tem e, se a maioria tiver a mesma reação, será o fim da democracia. Que o teu voto e o dele sejam em prol da justiça social e dos direitos dos brasileiros imerecidamente tão pobres e excluídos, por razões políticas, dos dons da vida.

Ensina a teu filho que a uma pessoa bastam o pão, o vinho e um grande amor. Cultiva nele os desejos do espírito. Saiba o teu filho escutar o silêncio, reverenciar as expressões de vida e deixar-se amar por Deus que o habita.

FREI BETTO - Artigo - O Estado de S. Paulo

Orgulho de ser "Matuto"

EU QUERO MEU SERTÃO DE VOLTA
Por Anselmo Alves*

Nos últimos dez anos tenho viajado frequentemente pelo sertão de Pernambuco, e assistido, não sem revolta, a um processo cruel de desconstrução da cultura sertaneja com conivência da maioria das prefeituras e rádios do interior.
Em todos os espaços de convivência, praças, bares e na quase maioria dos shows, o que se escuta é música de péssima qualidade, que não raro, desqualifica e 'coisifica' a mulher e embrutece o homem.

O que adianta as campanhas bem intencionadas do Governo Federal contra o alcoolismo e a prostituição infantil, quando a população canta: 'beber, cair e levantar' ou 'dinheiro na mão e calcinha no chão'.
O que adianta o Governo Federal criar novas delegacias da mulher se elas próprias também cantam e rebolam ao som de letras que incitam à violência sexual? O que dizer de homens que se divertem cantando: 'vou soltar uma bomba no cabaré e vai ser pedaço de puta pra todo lado'. Será que são esses trogloditas que chegam em casa depois de beber, cair e levantar e surram suas mulheres e abusam de suas filhas e enteadas?

Por onde andam as mulheres que fizeram o movimento feminista, tão atuante nos anos 70 e 80, que não reagem contra essa onda musical grosseira e violenta? Se fazem alguma coisa, tem sido de forma muito discreta, pois leio os três jornais de maior circulação no Estado todos os dias, e nada encontro que questione tamanha barbárie. E boa parte dos meios de comunicação são coniventes, pois existe muito dinheiro e interesses envolvidos na disseminação dessas músicas de baixa qualidade.

E não pensem que essa avalanche de mediocridade atinge apenas os menos favorecidos da base de nossa pirâmide social, e com menor grau de instrução escolar. Cansei de ver (e ouvir) jovens que estacionam onde bem entendem, escancaram a mala de seus carros exibindo, como pavões emplumados, seus moderníssimos equipamentos de som e vídeo na execução exageradamente alta dos cd's e dvd's dessas bandas que se dizem de forró eletrônico.

O que fazem os promotores de justiça, juízes, delegados que não coíbem, dentro de suas áreas de atuação, esses abusos?

Quando Luiz Gonzaga e seus grandes parceiros, Humberto Teixeira e Zé Dantas criaram o forró, não imaginavam que depois de suas mortes essas bandas que hoje se multiplicam pelo Brasil praticassem um estelionato poético ao usarem
o nome de forró para a música que fazem.
O que esses conjuntos musicais praticam não é forró! O forró é inspirado na matriz poética do sertanejo; eles se inspiram numa matriz sexual chula! O forró é uma dança alegre e sensual; eles exibem uma coreografia explicitamente sexual!
O forró é um gênero musical que agrega vários ritmos como o xote, o baião, o xaxado; eles criaram uma única pancada musical, que em absoluto, não corresponde aos ritmos do forró! E se apresentam como bandas de forró eletrônico! Na verdade, Elba Ramalho e o próprio Gonzaga já faziam o verdadeiro forró eletrônico, de qualidade, nos anos 80.

Em contrapartida, o movimento do forró pé-de-serra deixa a desejar na produção de um forró de qualidade. Na maioria das vezes as letras são pouco criativas; tornaram-se reféns de uma mesma temática! Os arranjos executados são parecidos! Pouco se pesquisa no valioso e grande arquivo 'gonzaguiano'. A qualidade técnica e visual da maioria dos cds e dvds também deixa a desejar, e falta uma produção mais cuidadosa para as apresentações em geral.

Da dança da garrafa de Carla Perez até os dias de hoje formou-se uma geração que se acostumou com o lixo musical! Não, meus amigos: não é conservadorismo, nem saudosismo! Mas não é possível o novo sem os alicerces do velho!
Que o digam Chico Science e o Cordel do Fogo Encantado, que inspirados nas nossas matrizes musicais, criaram um novo som para o mundo!

Não é possível qualidade de vida plena com mediocridade cultural, intolerância, incitamento à violência sexual e ao alcoolismo!
Escrevendo estas linhas, recordo de minha infância em Serra Talhada, ouvindo o mestre Moacir Santos e meu querido tio Edésio em seus encontros musicais, cada um com o seu sax em verdadeiros diálogos poéticos! Hoje são estrelas no céu de Pajeú das Flores! Eu quero o meu sertão de volta!

*Anselmo Alves é jornalista, cineasta, sertanejo de Serra Talhada/PE, com larga compreensão do Nordeste.
P.S. Faço minhas as palavras do conterrâneo.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Memorial Profª. Josy

MEMORIAL



O mundo das letras sempre foi algo que me exerceu grandioso fascínio. Fui a primeira filha de um casal de semi-analfabetos, que como a maioria dos pais de outras gerações, principalmente as menos abastadas, não tiveram ou puderam freqüentar um espaço escolar no seu tempo previsto. Assim sendo, foi depositada em mim, as expectativas de um futuro diferente, de um “final mais feliz”.

Por volta dos 5 anos comecei a frequentar um espaço público voltado para educação infantil denominado por Centro Social Urbano (CSU). Foi lá que tive basicamente os meus primeiros contatos com os livros, as letras, com as brincadeiras... Recordo-me o encantamento com tudo, com aquele “novo mundo” que se apresentava!

Minha primeira professora, uma senhora, que na época devia ter uns 40 anos, era dona de um sorriso e paciência inesquecíveis, visto que, um ou outro sempre queria dar uma escapadinha, ausentando-se da sala ou mesmo da escola, ora em virtude da distração, ora por conta das brechas que incentivavam tal prática. Eu sempre muito tímida, nem de longe pensava em tal artimanha.

Lá tive acesso ao mundo letrado, mas foi com D. Maria Evangelista, uma professora autônoma, que consolidei o processo de alfabetização, da forma mais tradicional possível. Com ela juntei os pequenos pedaços e o B com A começou a fazer sentido na minha vida.

Quando então fui matriculada no ensino regular, aos 7 anos, na etapa que conhecíamos como “o Pré” – uma fase anterior à 1ª série (a alfabetização nos moldes atuais) - logo me destaquei e assim não tardou para ser transferida para a série seguinte. Lembro-me do orgulho de meus pais ao relatar tal feito aos parentes e amigos.

A escola também pública que freqüentei da 1ª a 4ª série fica situada no bairro em que moro. Por assim ser, os nossos vizinhos eram também os colegas de classe, fato que despertava não só o sentimento de coleguismo, assim como as competições. Contudo, uma competição saudável; recordo-me de 2 ou 3 deles, com os quais disputava as melhores notas da turma, porém a matemática sempre acabava me passando uma rasteira, ou pior, me tornava alvo da tão temida palmatória. Como sofri até “aprender” a tabuada!

No “preidinho” – assim chamávamos intimamente a Escola Municipal Ludugero Costa – não havia biblioteca, nem tínhamos livros didáticos, tampouco paradidáticos. Se aparecia algum livro, certamente era emprestado de algum primo ou vizinho que estava anos à frente nos estudos. Foi o caso da leitura do livro “O menino do dedo verde”, que despertou meu interesse ao vê-lo na casa de uma amiga prestimosa da minha mãe. O título manifestou em mim um desejo, uma curiosidade de saber o que havia por trás daquela capa, afinal jamais vi alguém com o “dedo verde”, como assim propagava a capa. Devorei-o em uma tarde!

E daí por diante devorava tudo que aparecia pela frente, gibis, revistas velhas, jornais antigos, nada passava despercebido do meu olhar voraz.

Durante o ensino fundamental II – antigo ginásio – não tenho lembranças de leituras significativas, até o no 2º grau – atual ensino médio – através da literatura com o saudoso Profº Leônidas Nascimento, ter acesso a obras literárias e ao trabalho magnífico do baiano Jorge Amado, autor que tive a oportunidade de conhecer a fundo e me apaixonar. Os seminários de Literatura eram um show a parte!

Mas foi na segunda faculdade que cursei (Letras) – anteriormente fiz Pedagogia – que conheci e me apaixonei por uma das figuras mais fascinantes e marcantes de um tempo: Florbela Espanca, poetisa portuguesa, apresentada a nós pela tão estimada Profª. Maria Clara. Que além de nos mostrar o trabalho inusitado de tal poetisa, nos encantou com as obras de outro português, Camilo Castelo Branco e seus trabalhos “Amor de Perdição” e “Amor de Salvação”, cujo trabalho era até então desconhecido da maioria. Foram maravilhosos momentos de prazer pela Literatura Portuguesa em suas inigualáveis aulas.

Mesmo gostando de ler, me informar, adiei durante 11 anos assumir a profissão na qual hoje me encontro. Apesar de não faltar incentivo por parte da família e amigos, que atestavam que “eu já tinha jeito” de professora. Talvez perpassasse pela situação do ensino, pela desvalorização aos profissionais da área, enfim, “desculpas” não faltaram até que resolvi fazer o concurso do estado de Pernambuco, onde fui aprovada e convocada a mudar o direcionamento da minha vida, e assim encarar e tentar mudar a realidade na qual nos encontramos, quiçá ajudar a encontrar a trilha que conduz ao encantamento e satisfação na aprendizagem.

Nos dias atuais temos uma escola um tanto contraditória. Um ensino fundamental I que prioriza em suas atividades semanais a leitura de paradidáticos, um fundamental II que não dá seqüência a esse trabalho e um ensino médio em que pouco ou quase nada se lê.

Em atividade de pesquisa monográfica recente, pude constatar a real situação de leitura no ambiente escolar. O estudo de texto é o principal material de prática de leitura (isso no ensino fundamental II), a leitura por prazer, fruição, desvinculada das fichas de resumo, é raramente encontrada nesses espaços de aprendizagem.

A leitura como prática de oralidade é enfatizada em momentos específicos de treino oral e posterior correção. Por outro lado, a escrita é direcionada somente ao destinatário (o professor), em práticas muitas vezes, evasivas, desprazerosas e sem função social significativa.

Analisando tais constatações, o que se percebe é que a leitura com todo o encantamento que exerce, ainda está presente nas nossas salas. Já a escrita, realizada em muitos casos sem funções sociais que a “resignifiquem” tem cada vez mais perdido espaço, em meio aos avanços tecnológicos, às mudanças e a importância atribuída à ortografia oficial. Enfim, escrever, reescrever e até mesmo pensar, tornaram-se ações desprovidas de prazer e pesarosas para o aluno.

profajosy@gmail.com

terça-feira, 16 de junho de 2009

Avaliação da Oficina (1)‏ - GESTAR 2

1-Apesar da inadequação do espaço, foi muito bom o encontro.A facilitadora estava seguras do seu trabalho, as dinâmicas para introdução do tema foi muito adequada.
Marlene Amorim (marlene-raa@hotmail.com)

2-A oficina foi proveitosa para a minha atuação em sala de aula onde aplicarei as dinâmicas e os conteúdos em estudo. A formadora segura dos assuntos e mantêm um bom relacionamento com os cursistas. Gostaria de que a próxima oficina fosse realizada em um espaço maior, menos cursistas e em um ambiente climatizado.
Ana Maria Rodrigues Diniz (anamrdiniz@hotmail.com)

3-O encontro foi muito proveitoso, apesar de o espaço não ter sido o mais adequado, a facilitadora demonstraram segurança ao tratar do tema. E o encontro se pocessou de modo agradável.
Ceiça Damasceno (tetaodamasceno@hotmail.com)

4-Tentei acessar o blog antes de fazer a avaliação do nosso encontro, mas infelizmente não consegui, está aparecendo como inexistente. Entretanto, pelo que pude perceber no blog de Rivaldizia o ponto negativo do nosso encontro foi o número de pessoas presentes na sala. Realmente o rendimento não é o mesmo quando estamos em uma sala lotada. Acredito que o ambiente apertado prejudicou a aprendizagem. Quanto às atividades já comecei a fazer com os alunos, percebi uma certa deficiência na interpretação de texto, mas acredito que isso deve ser discutido mais tarde.
Erica Silva Dias (erica23dias@hotmail.com)

RELATÓRIO OFICINA LIVRE - TP4 - UNIDADES 14, 15 E 16

APRESENTAÇÃO

A Oficina desse encontro foi Livre acerca do TP 4 – Leitura e Processo de Escrita 1
Foram trabalhadas as Unidades 14, 15 e 16 tendo como eixo o processo da leitura, o significado do texto, os objetivos de leitura: expectativas e escolhas de texto.
Foram socializadas as atividades desenvolvidas pelos cursistas junto aos seus alunos.
As tarefas foram encaminhadas seguindo o roteiro abaixo:

TAREFA 1
ATIVIDADE INDIVIDUAL
Aplicar uma das atividades sugeridas no “avançando na prática” do tp4 ou no AAA, unidade 14 ou 15.

TAREFA 2
ATIVIDADE COLETIVA (uma ou duas escolas)
Ler a unidade 16 do tp 4
Produzir uma sequência didática para ser vivenciada por todos os professores participantes do gestar 2.
Realizar a atividade sugerida a partir da leitura do texto da página 185 (pode ser usado outro texto como base, se o grupo assim o desejar) ou a atividade sugerida no avançando na prática da pagina 182 (até a letra h);
o grupo deve escrever um texto coletivo descrevendo e refletindo sobre a experiência realizada e analisando os textos produzidos a partir das questões propostas na pag. 164.
o trabalho deve ser apresentado em power point na próxima oficina - 21/05/09

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A apresentação das cursistas aconteceu por escola e o relato do resultado em suas respectivas turmas.

Na apresentação, os cursistas dialogaram com as temáticas dos projetos culturais de suas escolas, utilizando nas produções dos diversos gêneros textuais produzidos pelos alunos.
Foram socializados os portfólios com as últimas produções dos alunos a partir das oficinas desenvolvidas na escola. Já se pode perceber, na fala dos cursistas, a técnica da reescrita como forte ferramenta para refletir sobre a produção de textos.

AVALIAÇÃO
Os cursistas estão empolgados com as atividades que estão realizando na sala de aula e o nível das produções dos alunos.

RELATÓRIO TP4 - UNIDADES 14 E 15

APRESENTAÇÃO
Quarta Oficina do GESTAR II acerca do TP 4 – Leitura e Processo de Escrita 1.
Foram trabalhadas as Unidades 14 e 15 tendo como eixo o processo da leitura, o significado do texto, os objetivos de leitura: expectativas e escolhas de texto.
Foi discutida a questão dos conhecimentos prévios e sua interferência na produção de significado do texto.

As unidades 14 e 15 tinham como objetivo:
1- reconhecer texto e leitor como criadores de significados;
2- relacionar objetivos com diferentes textos e significados de leitura;
3- conhecer a amplitude e o papel do conhecimento prévio na leitura.
4- conhecer as várias funções e formas das perguntas, na ajuda à leitura do aluno;
5- utilizar procedimentos que levem à determinação da estrutura do texto;
6- utilizar procedimentos adequados para atingir o objetivo de ler para aprender.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

No primeiro momento, foi realizada uma leitura compartilhada do TP4 – PÁGINA 147 “POR QUE MEU ALUNO NÃO LÊ?” para discussão.
.
Nesta unidade foram tratadas questões referentes às abordagens de leitura objetiva, inferencial e avaliativa. Após exposição dialogada acerca das abordagens foi realizada Oficina de criação de enunciados nas três abordagens de leitura, a partir de quatro textos em diversos gêneros. (Anexo)
O terceiro momento foi de socialização dos enunciados construídos. Foi um momento de grande debate acerca das questões colocadas pelos grupos.
O quarto momento foi para socializarmos as atividades do “Para Casa” e do Portfólio dos professores e alunos. Os relatos dos professores já evidenciam mudança na postura do aluno que se apresenta mais motivado para produzir seus textos.
Os portfólios dos alunos e professores estão bem cuidados, demonstrando prazer em produzir e colecionar textos.
AVALIAÇÃO
Os cursistas estão empolgados com as atividades que estão realizando na sala de aula e o nível das produções dos alunos.

Memorial de Zenilza

MEMORIAL

Estudei em uma escola municipal e rural que ficava a alguns quilômetros da casa dos meus pais (Jutai). Iniciei a 1ª série com 08 anos em uma turma única e multisseriada (01ª a 04ª). A professora escrevia textos diversos no quadro e lia conosco, explicava os assuntos e copiava um questionário para a turma responder. Com certeza, não fui alfabetizada em cartilhas, e o lúdico fez parte da minha alfabetização, brincava bastante de roda, passa-anel, esconde-esconde e outras brincadeiras. Durante as comemorações das efemérides, recitava poesias, dramatizava histórias e músicas; mas antes de entrar para a escola eu já sabia ler e escrever um pouco, meu pai, um excelente contador de histórias, todas as noites contava-nos uma de suas histórias oralmente, pois não tínhamos livros, e isso despertou em mim a curiosidade para escrever, assim durante o dia, embaixo de um juazeiro, eu perguntava como se escrevia tal palavra e ele me ensinava dizendo as letras e eu copiava-as no chão com o dedo, ainda hoje lembro-me da história da galinha ruiva que ele contava dando ênfase para a moral: Quem não trabalha, não come!
Ao terminar o primário, disse adeus aos meus pais e tive que estudar em uma escola pública estadual em Petrolina, onde passei a morar com minha irmã mais velha e seu esposo. Sempre fui uma aluna exemplar, passando sempre por média, assim, terminei o ginásio e ingressei no pedagógico(hoje magistério) dedicando todo meu tempo aos estudos, estágios e confecção de materiais. Ao final do último ano do pedagógico saiu o edital do concurso público estadual (1988), no qual me escrevi, fiz as provas, passei e fui trabalhar os dois primeiros anos, com turmas de alfabetização, na zona rural em uma agrovila de reacentamento dos desabrigados da hidroelétrica de Itaparica, no municipio de Santa Maria da Boa Vista. Depois regressei a Petrolina, onde fui localizada na escola Poeta Carlos Drumond de Andrade (zona rural), na qual trabalhei com turmas de 1ª e 2ª séries, sempre contando muitas histórias, e lendo muitos paradidáticos. No ano passado (2008) iniciei esta nova tragetória com o fundamental II (5ª a 8ª).
Nestes 20 anos de profissão, sempre participei de capacitações, seminários e li bastante para ser uma professora dedicada, responsável e comprometidacom a educação brasileira.

Professora Cursista: Zenilza de Araújo

ZENILZA DE ARAUJO (zenilzaraujo@ig.com.br)

Relatório de Atividades

CURSO GESTAR II – LINGUA PORTUGUESA
TP3 – GENEROS TEXTUAIS
Unidade 10: Trabalhando Gêneros Textuais
Seção 02: Gênero Poético
Turma Trabalhada: 6ª série “D”

Relatório

O objetivo do trabalho desenvolvimento em sala de aula foi levar o aluno da 6ª série “D” a perceber as semelhanças ou as diferenças na organização e estrutura dos textos que circulam socialmente.
Ao chegar à sala de aula cumprimentei os meus alunos, fiz perguntas aos mesmos sobre o final de semana, depois li dois poemas para eles deixei os textos expostos para que eles observassem a estrutura dos mesmos. Pedi para que eles formassem grupos de três pessoas aí ficaram 10 grupos, formados na sala de aula, comentei com eles que sempre nos comunicamos pela linguagem verbal e o fazemos por meio de textos, e dependendo de como organizamos as informações nos textos, construímos diferentes gêneros textuais, embora não seja apenas a finalidade da comunicação que define qual o gênero adequado.
Depois fui entregando aos alunos envelopes com um material xerocado, notei que alguns ficaram observando curiosos quando os colegas estavam abrindo os envelopes. (nos envelopes continham alguns textos poéticos)
Expliquei para os alunos que um dos textos lidos por mim era um relato da vida real, de uma cidade grande, e que essa realidade vemos sempre na televisão e outro textos eram de Manoel Bandeira “O Bicho”. Os dois textos apresentavam semelhanças. A única diferença entre os dois está na linguagem figurada, conotativa, rica em sentidos. Foram apresentados aos grupos os textos e comentado com eles: lemos, debatemos e observamos o que havia em comum nos textos.
Ao tocar o sinal recolhi os envelopes, para dar continuidade na próxima aula, no dia seguinte entreguei novamente os envelopes aos mesmos, os notei mais interessados para terminar os trabalhos, faziam perguntas, conversavam entre si. Levei para sala uns balões para que eles produzissem com base no que já tinha visto sobre texto poético, um novo texto cujo tema seria SER FELIZ É...
Teve alunos que fizeram à leitura das frases contidas no livro didático eles próprios fizeram comentários para os outros colegas, teve muitas risadas por parte das outras equipes, mais não o intimidou, pedia silêncio aos colegas e continuava sua leitura, isso todos entusiasmados. Depois solicitei que eles falassem o que estavam achando do trabalho se foi fácil ou difícil produzir os textos, as respostas foram as mais diversas.
E assim as equipes produziram excelentes textos. Observei os mesmos anotando tudo àquilo que estava acontecendo e quando solicitada, eu tirava as dúvidas deles.
Houve um envolvimento total deles no trabalho escrito, foi muito proveitoso, no final fizeram uma reflexão sobre as produções feitas na classe.
Alguns tiveram a dificuldade de ler suas produções, por serem tímidos, então aconteceu de forma harmoniosa.
No final, fiz uma exposição dos textos produzidos na sala de aula.


Maria da Conceição Damasceno de Oliveira
Escola Jesuino Antonio D Avila

Relatorios dos Cursistas

Escola Poeta Carlos Drummond de Andrade
Projeto Senador Nilo coelho / PSNC n-10
Profº Edward Tenório
Disciplina: Língua Portuguesa
Turma : 7ª Série B do Ensino Fundamental 2
RELATÓRIO

Petrolina, 08 de abril de 2009.
Nesta última terça-feira, 07 de abril, realizei na 7ª Série B do Ensino Fundamental, atividades do Gestar 2 usando o Avançando na Prática da página 31 do TP 3. Em principio, estimulei os alunos a responderem oralmente sobre o que “poderia” ser identificado como trabalho segundo o conhecimento deles. Logo após, usei o retroprogetor para expor as imagens ( 1,2,3,4e 5 ) da página 15 e 16 do TP 3 e disse aos alunos que produzissem textos em grupos de quatro pessoas , descrevendo a relação entre aquelas figuras e a ação de trabalhar que elas demonstravam ou não.
Em sua grande maioria, apenas as imagens 1 e 4 foram descritas como meios de trabalho. Pedi aos alunos que agora continuassem o texto, descrevendo o motivo de algumas figuras mostrarem pessoas trabalhando e outras de pessoas não trabalhando. O que pôde se perceber nitidamente, é que o aluno identifica exclusivamente o trabalho braçal e de grande esforço físico como meio de trabalho. Mas o emprego do raciocínio, a elaboração intelectual ou a criatividade humana, em primeiro plano não são identificadas como forma de trabalho pelos alunos.
Recolhi os textos e ofertei a cada grupo um dicionário. Solicitei a cada grupo, que pesquisasse o conceito da palavra trabalho e observasse se a pesquisa acrescentava ou mudava sua opinião sobre o assunto. Algum tempo depois, cada grupo descreveu trabalho numa visão bem mais ampla do que o que foi feito anteriormente, felizmente os alunos entenderam que o emprego das capacidades mentais do homem a fim de uma elaboração especifica, seja intelectual ou física, representam diferentes formas de trabalho. Encerramos a aula discutindo a importância de cada tipo de trabalho e de suas necessidades do esforço físico e intelectual, lembrando como cada uma nos atinge diariamente direta ou indiretamente.







Escola Poeta Carlos Drummond de Andrade
Projeto Senador Nilo coelho / PSNC n-10
Profº Edward Tenório
Disciplina: Língua Portuguesa
Turma : 5ª Série C do Ensino Fundamental 2
RELATÓRIO
Petrolina, 15 de abril de 2009.
Nesta última quarta-feira, 15 de abril, realizei na Quinta Série C do Ensino Fundamental, Oficina de Textos do Avançando na Prática da página 125, do TP 3. Dividi a sala em seis grupos, expliquei que deveriam em princípio, produzir textos sobe a imagem que estavam vendo, sem fazerem divagações nem acréscimos; pois o intuito seria descrever com precisão apenas o que viam na imagem. Os alunos tiveram certa dificuldade em produzir o texto sem acrescentarem suposições, mas com muito esforço conseguiram. Num outro momento, voltei a expor a imagem e solicitei que agora poderiam escrever histórias de sua criatividade sobre a imagem que estavam vendo. Eles misturaram os elementos que viram e descreveram anteriormente com fatos imaginários, provenientes de sua criação. Nessa passagem, o trabalho aqui foi o cuidado de não perderem o fio da meada e construírem um texto com lógica desde o inicio até o fim.
Após construídos os dois tipos de texto, expliquei que eles tinham nomes e funções diferentes: o primeiro é um texto “descritivo” e serve para descrever fatos, acontecimentos, pessoas, etc. Sempre ligado a verdade estrema dos acontecimentos, sem alterá-los ou acrescentar-lhe nada. O segundo texto é uma “narrativa”, que traz dados descritivos, porém da margem para a criação de fatos e o emprego da curiosidade e da criatividade do autor.
Expliquei aos alunos que nós usamos e fazemos muitas coisas ao longo de nossas vidas sem saber o nome corretos delas e suas funções, relacionei isto aos dois tipos de textos estudados e eles conseguiram identificar sem nenhum problema quais textos eram “descritivos” e quais eram “narrativos.”